Maximus é nome do festival que chega para marcar a historia do rock na cidade de São Paulo! O festival aconteceu neste sábado (13) e fez o que prometeu, juntou gerações do rock indo desde a década de 80 até começo dos anos 2000. Com a presença de mais de 40 mil pessoas, o Autódromo de Interlagos foi o palco da segunda edição de mais um festival para chamar de seu.

Para quem não gosta, a noite de ontem foi só mais um festival com gente estranha e muito barulho, mas se eles se arriscassem, veriam que nem todos os tons de preto foram iguais… Claro que as roupas sempre são parecidas (assim como qualquer outro festival do mundo), e a grande maioria dos participantes vestiam camisas pretas e coturnos, mas a cada banda que subia ao palco, podíamos ver que dentro do rock pesado as bandas podem mudar muito de uma pra outra.

Maximus festival é preparado para os amantes do rock, com muita cerveja, caveira e rock n’ roll, intercalando os palcos principais com as bandas Ghost, Rob Zombie, Five Finger Death Punch, Slayer, Prophets Of Rage e Linkin Park, o que fez com que o público não esfriasse nem por um segundo. Diferente do Lollapalooza uma característica fantástica do Maximus é ter os dois palcos colados (literalmente), e tudo que os metaleiros precisavam fazer para ver as bandas principais era ir para o outro lado. Já o palco Tunder Dome que teve bandas como Pennywise, Rise Against e Dead Fish, ficava um pouco mais afastado e algumas vezes até competia com bandas principais, mas com 40 mil pessoas, teve show lotado para todas as bandas!

O Thunder Dome foi palco para a banda Pennywise celebrar seus 25 anos de carreira! A grande banda de punk rock americana tocava sob intensos raios de sol e mesmo com todo o calor e a roupa preta a banda conseguia deixar todo mundo pulando e balançando a cabeça. O vocalista da banda interagia bastante com o público e ao mesmo tempo, fazia com que todos sentissem cada palavra da música, e claro, que as menções de Nofx, Bad Religion e The Ramones também ficavam evidentes. Não foi só no Rockatansky que houve incompatibilidade política, ao som de “Fuck Trump” a banda se mostrou infeliz com o atual presidente dos Estados Unidos.

 

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Com horários cronometrados e perfeitos, a noite começava com a banda de thrash metal, Slayer. Os norte-americanos subiram ao palco e tocaram músicas desde as mais antigas como “War ensemble” e mais novas como “When the stillness comes”, mas o grande momento do show foi próximo ao fim, quando eles tocaram “Raining Blood” e fizeram a roda de pogo dobrar de tamanho!

Logo em seguida foi a vez de Pophets of Rage, que poderíamos chamar de Raige Against the Machine 2.0 pela quantidade de músicas do Rage no setlist. Os músicos tocaram duas novas canções, uma delas intitulada “Unfuck The World”, que farão parte do próximo álbum da banda, previsto para setembro deste ano. O momento mais esperado do show fica para a música “Killing in the name” onde todos levantavam o dedo do meio e gritavam “Fuck you I won’t do what they told me”, aproveitando o protesto, não podemos esquecer de Tom Morello que em “Fight the power” (cover de Public Enemy) mostrou o  “Fora Temer” escrito em sua guitarra.

Linkin Park chega as 21 para acalmar um pouco a noite (se é que é possível), com um som não tão pesado quanto as bandas anteriores e até mesmo um pouco mais pop do que estávamos acostumados a chamar de nu-Metal.

Um pouco diferente das origens da banda, eles intercalavam o setlist com músicas novas e antigas, entre elas “Crawling”, “Numb” e “In The End” que são músicas que deram início a vida do rock nos adolescentes dos anos 2000 e também”Heavy” que marca a nova etapa do Linkin Park, com sons muito mais eletrônicos do que guitarras pesadas, gritos e rap. Mas nem essa etapa da banda desanimou os fãs que, mesmo reclamando da “nova fase” da banda cantaram os refrões como loucos.

Ao som de “Bleed It Out” a noite mais escura do mês é encerrada, deixando apenas a vontade de mais um festival com o MÁXIMO de rock que podemos aguentar.

 

Créditos: Lukas Isaac

Colaboração: Joel Romero

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