Da Cruz volta ao Brasil para uma série de shows

Da Cruz realiza uma turnê de quatro shows no Brasil no mês de agosto. A banda suíça da cantora brasileira Mariana Da Cruz vem apresentar ao vivo seu quinto álbum Eco do Futuro – um disco “preto” e urbano, apresentado no exterior como “afro-brazilian bass music”.

Eles passam por Brasília nesta sexta, (02/08) como atração de abertura do CoMA Festival. Em São Paulo  haverá um show especial dia 06/08 no Bourbon Street e outro dia 10/08 no Z Largo da Batata, na noite All Black Girls – com Bia Ferreira e a DJ Odara Kadiegi. E finalizam a tour em Goiânia (16/08 no Festival Bananada).

Radicada na Suíça há mais de uma década, Da Cruz (como é chamada artisticamente) foge dos clichês verde e amarelos e representa muito bem a música brasileira contemporânea por onde passa: de Montreal a Montreux, de Londres a Berna.

Eco do Futuro é uma viagem eletro-acústica ambientada nos enfumaçados estúdios de gravação de Kingston Town ou dos clubes mal ventilados de Londres. Esta viagem que ainda funde Kwaito, Baile Funk, Afrobeat, Dub e Hip Hop apresenta um Brasil de sentimentos ambíguos, que oscila entre revolução e resignação, raiva e alegriaesperança e desespero, traduzidos em canções extremamente dançantes. Vale prestar atenção nos inconfundíveis beats de Ane H. “País do Futuro” é o mais recente videoclipe lançado.

O clipe “País do Futuro” é baseado na ideias de que o Brasil é a terra do futuro. Um futuro onde a prosperidade nunca chega, onde nos prometiam um poço de petróleo. E que fracassou por causa da ganância dos políticos e a dormência de um povo que não pensa no coletivo.” explica a cantora e compositora.

“Negra Sim” é uma espécie de Baile Funk Suíço. Uma mistura de electro europeu (meio Kraftwerk) e hip-hop (com beatbox). A faixa é inspirada pelas produções do início dos anos 80. Já “Virose” é um dub/rap onde Da Cruz alerta para se tomar cuidado com o vírus do ódio e da intolerância. “Sinhá Mandou” é um afrobeat-jazzístico-futurista e “Pobre Mentality” funde batidas eletrônicas com sopros e tambores.

O disco é o testemunho de uma mulher negra de origem humilde que foi criada ouvindo sua avó dizer que “o Brasil é o país do futuro” e que hoje vê como seu país está sendo mal governado e roubado por homens brancos, velhos e privilegiados.

A banda Da Cruz conta com Ane H. (programação eletrônica), Oliver Husmann (guitarra), Ch. Sommerhalder (guitarra), Daniel Durrer (saxofone), Nicklaus Hürny (trompete) e Pit Lee (bateria e percussão).

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