Conversamos um pouco com a Tay Galega¸ a blumenauense que se mudou para São Paulo e desde então vem espalhando amor e lindas vibrações pela selva de pedras.
Tay nos contou a importância de estar aqui, falou sobre as mensagens que recebe de seus fãs e até mesmo sobre Paz Mundial.
Confira a entrevista abaixo:
YC: Conte-nos um pouco sobre seu trabalho, nós achamos muito interessante que você conseguiu arrecadar o dinheiro na internet para conseguir dar vida ao EP.
Tay: Foi muito legal, se não fosse a ajuda da galera eu certamente não gravaria, porque era uma grana que eu não tinha e eu não queria gravar no fundo de casa. Gravamos em dezembro de 2014 com o Marco Lafico, que é um cara que eu admiro muito, e lançamos em abril de 2015, estamos trabalhando com ele até hoje porque o EP significa muito pra mim, ele se chama Respeito e União, e é um trabalho muito sincero, posso dizer que ele é autobiográfico.
YC: É normal aqui no Brasil que a galera apoie os artistas desse modo?
Tay: Sim, sim! Eu conheço uma galera da música que graças a isso conseguiu gravar. Eu mesma já contribui, chegam CDs lá em casa que eu nem lembrava que eu tinha apoiado. Precisamos entender que não estamos dando dinheiro pra pessoa gravar, você só está comprando antecipadamente e fazendo com que aquilo tudo seja possível.
YC: Quanto tempo você está trabalhando com música?
Tay: Olha, que eu toco (toco, toco) fazem 8 anos, mas esse projeto solo não fez nem 2 anos ainda, foi desde que eu lancei esse EP (respeito e união).
YC: Quão importante é pra um artista morar em São Paulo?
Tay: Eu moro aqui por ser mais viável, eu sou de Santa Catarina e estava tocando mais aqui do que lá, o que eu ganhava de cachê dava praticamente só pra pagar as passagens de ida e volta, o que não valia a pena. Já em cidades como Manaus, Fortaleza e Belém, se for analisar a passagem de Santa Catarina para essas cidades é muito mais cara e o produtor acaba desistindo de fechar o show. Quando você mora em um lugar como São Paulo, onde tem muito artista, muita gente, muito show, você faz uma conexão incrível com muitas pessoas, o que faz com que as coisas fluam melhor.
YC: Você é uma artista independente, qual a importância da rede social na sua carreira?
Tay: As redes sociais foi o que me fizeram existir na verdade. Eu comecei gravando vídeos covers pro YouTube, sem intenção nenhuma, nem sabia que o YouTube dava dinheiro, era mais pela diversão mesmo, e a galera começou a conhecere gostar e assim as coisas foram crescendo; fora que é gratuito, as vezes não é possível colocar seu trabalho na rádio ou na tv e a rede social faz esse papel.
YC: Desse EP (Respeito e União), qual é a música mais importante pra você?
Tay: “Minha menina” é muito importante porquê foi a música que estourou e fez muita gente conhecer e gostar do meu som, mas “Paga pra Ver” é uma música muito especial porquê várias pessoas me mandam mensagens lindas, falando que essa música ajudou em tempos difíceis, já que ela fala que a vida vai ficar bem e que ela pode ser legal. Mexe comigo pensar que a minha música está fazendo bem pras pessoas, são mensagens que me fazem chorar.
YC: As músicas são escritas por coisas que acontecem com você?
Tay: Sim! Eu não consigo escrever se não for sobre a minha vida, todas as letras são coisas que ou estou passando ou que já passei. Eu acho muito mais fácil, mas tem gente que prefere não falar sobre si, até porque você acaba se abrindo mais, por um lado você fica vulnerável, por exemplo, eu não toco músicas tristes porque aí eu vou me sentir vulnerável.
YC: Quais são seus próximos passos? Sair do Brasil talvez?
Tay: Seria massa sair do Brasil, temos umas amigas que estão indo pra Argentina agora, mas nosso pensamento é mais baixo, precisamos gravar um novo EP, já fazem quase 2 anos que lançamos esse, vamos dar músicas novas pra galera.
YC: Qual a mensagem que você gostaria de passar a seus fãs?
Tay: Eu tento passar coisas boas para as pessoas, tentar ajudar de alguma forma. O nome do CD é Respeito e União (até tenho tatuado), que são duas coisas que eu acredito muito. Eu fazia muito show em parque e praça, nesses shows eu falava que eu sou uma pessoa utópica, eu acredito em paz mundial, sei que não vamos vivenciar isso, mas a chave pra que isso aconteça é o respeito e a união, essas duas coisas são muito simples, se todos tivessem respeito e união, as coisas seriam muito diferentes.