Itália, França, Grécia, Espanha e, com uma leve licença poética, Portugal, que, apesar de não ser banhado pelo Mar Mediterrâneo, foi a porta de entrada do Rock in Rio para a internacionalização da marca. Esses serão os países homenageados na rua mais badalada e instagramável da Cidade do Rock, a Rock Street. Com uma cenografia de tirar o fôlego, cinco casas serão apresentadas, com fachadas que remetem a estes países, compostas por elementos visuais e detalhes incríveis, além de um palco que vai abrigar shows dos mais variados. As performances de rua, que conquistaram o público na última edição, estão de volta com espetáculos de ballet, figurinos, host e hostess representando os países, além das apresentações tradicionais da cultura mediterrânea, como a guitarra portuguesa, o acordeão francês, a dança flamenca e coreografias especiais. A música, a cultura e a arquitetura dos países estarão muito bem representados nos 200m de extensão da Rock Street.
Na programação de palco, não faltarão referências aos países europeus. A banda Terra Celta, brasileira de folk rock, fundada em 2005, toca músicas irlandesas e celtas, com letras em português com uma pegada de humor. Eles se apresentarão todos os dias de festival, na abertura e no encerramento da Rock Street Mediterrâneo. A Orquestra Mundana Refugi, composta por músicos brasileiros, imigrantes e refugiados da Palestina, Irã, Guiné, Congo, Turquia, Cuba, China e Síria, também se apresentará na Rock Street durante o primeiro final de semana do festival, nos dias 02, 03 e 04 de setembro, com um repertório exclusivo inspirado na cultura italiana. Um dos destaques do repertório é a regravação da música “Bella Ciao”, que se tornou símbolo da resistência contra o fascismo na Itália durante a Segunda Guerra Mundial e foi popularizada na série espanhola “La Casa de Papel”. No segundo final de semana, 08, 09, 10 e 11 de setembro, é a vez da cantora Mariel Motta, com o projeto Mariel & Crème de la Crème, que apresenta o melhor da Chanson Française, com uma estética anos 30 misturando clássicos até o moderno, em seus shows. Um detalhe que com certeza encantará o público que passar por lá, é que Mariel se apresenta vestida de melindrosa, roupagem típica dos anos 30 na França.
Bailarinos apresentam danças típicas das regiões para o público e artistas de rua trazem referências do mediterrâneo para o Brasil
A rua da Rock Street Mediterrâneo será um espetáculo à parte, brilhando com a cultura mediterrânea. Dentre as atrações que se apresentarão todos os dias, estão Wallace Oliveira com a famosa guitarra portuguesa; Juan Manuel Bilat que vai levar o jazz manouche e muitas inspirações francesas ao som do acordeão para a Cidade do Rock; o Grupo Gesto, com uma performance que trará a força, a paixão e a expressividade da dança flamenca, com direito a sapateado e castanhola; e o grupo Referência em Artes, que promete uma performance com coreografias inspiradas em Portugal, França, Itália e Grécia.
Um dos grandes destaques da performance de rua da Rock Street para a edição de 2022 é o ballet. Para Portugal, as danças serão Vira e Corridinho; Cancã será o gênero representando a França; Tarantela na Itália e Zorba na Grécia. As apresentações acontecerão ao longo do dia, durante os sete dias de festival. Os figurinos ficarão por conta da designer Juliana Ibarra, que traduzirá elementos dos países nas peças de roupas das atrações do local. A Espanha também contará com uma companhia de dança, Grupo Gesto, que é especializada em dança espanhola, apresentando o Flamenco e o Pasodoble.
Cenografia trabalhada nos mínimos detalhes
A cenografia da Rock Street Mediterrâneo, será uma verdadeira homenagem aos países, rica em elementos e detalhes dos países. As tradicionais casinhas representam Portugal, França, Espanha, Itália e Grécia. “A nossa curadoria artística investiu em bandas e atrações de rua que se espalham das fachadas até o meio do público, buscando tornar a Rock Street Mediterrâneo uma verdadeira atração multicultural. Os fãs da Cidade do Rock terão a oportunidade de imergir na cultura, na arte, na música e na arquitetura tão ricas destes países da Europa. A ideia é que todos saiam do evento com um gostinho de querer desbravar essas regiões lindíssimas”, conta Marisa Menezes, diretora artística da Rock District e da Rock Street. O palco contará com uma cenografia em homenagem à Espanha.
Desde 2011, o Rock in Rio apresenta aos seus visitantes um espaço dedicado às diversas manifestações artísticas, onde o público se sente parte do show e interage com o espetáculo. A Rock Street busca inspiração em lugares emblemáticos para o mundo da música: New Orleans, em 2011; Reino Unido e sua vizinha Irlanda, em 2013; o Brasil foi a inspiração em 2015; em 2017, a África e, em 2019, Ásia.
Foto por: Fabio Alcover