Rapper americana Tierra Whack é mais uma atração confirmada em GRLS!

A cantora e compositora americana Tierra Whack se apresenta no Brasil pela primeira vez no Festival GRLS!, que acontece nos dias 07 e 08 de março no Memorial da América Latina, em São Paulo. A rapper da Filadélfia complementa o lineup que já conta com Kylie Minogue, Little Mix, Gaby Amarantos, IZA e Linn da Quebrada.

Tierra surpreendeu o mundo da música em 2018 quando lançou seu ambicioso e inovador disco de estreia, Whack World. O álbum é composto por 15 músicas com um minuto cada. Com a duração perfeita e proposital para as redes sociais, cada canção foi publicada no Instagram com um vídeo correspondente e, para cada um deles, a artista adotou um visual diferente. O projeto de multimídia, com seus clipes criativos e excêntricos, foi extremamente bem recebido, entrando na lista de melhores do ano de publicações diversas como NPR, Pitchfork e Billboard e ainda rendeu à cantora o apelido de “Missy Elliot desta geração”. Na onda dessa repercussão, o vídeo de “Mumbo Jumbo” (single de 2017 que não entrou no álbum) foi indicado ao Grammy! No ano passado, Tierra ampliou o seu repertório mais uma vez de maneira inusitada: emplacou a hashtag #WhackHistoryMonth e, durante cinco semanas, lançou cinco singles. “Only Child” puxou as demais faixas: “CLONES”, “Gloria”, “Wasteland” e “Unemployed”. Em comum, suas músicas têm apenas a velocidade (de centenas-de-sílabas-por-minuto), mas, tirando isso, Tierra não quer se encaixar em nenhum gênero: ela quer ter a liberdade de fazer soul, rap, synth-pop, hip-hop, R&B e até rock se quiser. “Não quero seguir padrões”, diz. Ela prefere ser chamada simplesmente de artista.

Em entrevistas, a cantora afirmou que sofria muito bullying na infância por ser uma das únicas crianças negras em uma escola majoritariamente branca. Para lidar com sua timidez, cresceu escrevendo poesias e rimas até superar sua insegurança participando de (e ganhando) inúmeras batalhas de rap. Suas maiores referências musicais são Lauryn Hill (para quem ela chegou a abrir em 2018) e Erykah Badu e, logo no início da carreira, recebeu elogios de Solange Knowles e Flying Lotus (com quem colaborou na faixa “Yellow Belly”, do disco mais recente do rapper e produtor americano). Ela também participou, ao lado de Beyoncé, da música “My Power”, da trilha do filme The Lion King. No ano passado, Whack esteve na escalação dos principais festivais do mundo: Coachella, Lollapalooza Chicago, Primavera Sound e Austin City Limits.

Seu sucesso veio em um período de ouro (e incomum) de ascensão de mulheres no hip-hop, como Cardi B., Nicki Minaj, Lizzo e CupcakKe. “Eu quero que mais mulheres se juntem a nós e consigam brilhar. E eu espero ser um dos motivos.”, disse ela ao The New York Times. Em uma entrevista para a revista FADER, Whack diz reconhecer que mulheres na indústria da música “normalmente não podem se dar ao luxo de fazer arte somente pelo bem da arte”, mas que ela se recusava a seguir as regras. “Eu me dei conta de quais são os padrões nesse mundo, mas eu moro no Whack World”.

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