UMF, ou como melhor conhecido, Ultra Music Festival, aterrisou no Brasil com uma edição em que, desde as últimas semanas, começou-se a se falar muito nas redes sociais que, na reta final aconteceu uma surpreendente alteração de local (aaaaah!) que, por sorte, não alterou o Line up nem o mais importante, a data, já que o formato apresentado é de um festival top que recebe pessoas de todo o mundo e, muito melhor, é realizado na última sede das Olimpíadas do Rio de Janeiro, uma cidade que sabe receber as pessoas e que, justo nesses dias, apresentaria o início da época mais quente que inicia o verão mais caloroso que terá o Brasil.
Dois dias marcados, cada um com um detalhe diferente e mudanças que se deixaram perceber na produção, nem mesmo isso foi negativo para que mais de 60 mil pessoas curtissem o melhor da música eletrônica do mundo, num local de fácil acesso e acessibilidade fácil à cidade.
Primeiro dia.
As primeiras horas de chegada foram para nosso merecido reconhecimento do espaço, algo novo e de surpresa para nós já que para a grande maioria logo após a entrada teria de aguardar algo como dez minutos e depois cruzar uma avenida com grande tráfego de carros para chegar aos palcos, problema que de logo foi resolvido. Barracas de bebidas, comidas, pontos de atendimento médico, banheiros e tudo que se projetava à altura de um ótimo festival, enfocamo-nos no primeiro dia a assistir aos novos shows que nos recomendavam e decidimos por ALOK, uma das promessas representando o Brasil e destacamos o nível que apresenta tocando ao vivo. Logo após assistimos CARNAGE, com muita atitude e agressividade no palco com um setlist variado onde também tocaram reggaeton para esquentar o momento e um discurso contra Trump, atual candidato presidencial dos Estados Unidos. Os próximos a se falar e que aumentaram a fervura do festival foram os holandeses Above & Beyoend, uma dupla que simplesmente economizou palavras ao público e decidiram fazer o que melhor fazem: um show de primeiro nível. Logo veio um artista que faltava em nossa lista, DJ SNAKE, aquele que consideram o motor do primeiro dia que simplesmente trouxe o inferno ao Rio de Janeiro, a todo o Brasil e o mundo, é um dos shows mais explosivos que se possa imaginar e quem considera Skrillex o “pai do dubstep” poderá assistir agora a verdadeira competência. Destacamos seu carinho pelos cariocas ao balançar a camiseta do Flamengo e escolher por um setlist também com músicas de funk num show especial, sem dúvidas. No final do primeiro dia de festival DJ SNAKE cansou tanto a todos que Martín Garrix, sendo seu oposto musical, mas de grande nível sempre sendo um grande headliner, terminou este dia em que a muitos saíram irritados unicamente pela dificuldade em comprar cerveja devido às intensas filas para adquirir uma – mas nada que a música não possa superar.
Segundo dia.
Já conhecendo o local do dia anterior nos sentíamos em casa, prontos para curtir e é o que foi decidido, o segundo dia esperava um grande público também por ser sábado e muitas pessoas locais para assistir. Felguk nos receberia ao entrarmos e um grande show esquentaria o ambiente. O próximo show a destacar, Vintage Culture, bom show, áudiovisuais e um setlist que abriria a noite. Se como referência a realizar grandes e loucas festas em Brasil podemos falar de Tropkillaz, as referências do gênero Trap no Brasil e aqueles que nos detemos a assistir um pouco a seu histórico e surpreendente reconhecimento que destacam em países como a Rússia e os Estados Unidos, além de serem grandes produtores, e a partir disso mesmo que conseguimos vivenciar um show explosivo e que conectou a todos sem deixar de lado o FUNK brasileiro em que foi muito divertido ver todos dançando esse gênero musical que se assemelha ao reggaton mas que é 100% Brasil. Logo fomos assistir um dos Djs mais humildes que se posiciona na cena eletrônica e que esperávamos vêr-los ascender no novo ranking que apresentará Dj Mag essa semana: Sunnery Janes & Ryan Marciano são de quem estamos falando, dois holandeses que fizeram um show de destaque com muita energia que sem dúvida contagiou o público. Prepararíamo-nos para os últimos três shows, mas antes devo ressaltar o excessivo controle de uso de drogas a que se deixava perceber seguranças caminhando pelo local e comentamos como estava excessivo porque eram muitos e interrompiam a festa e as pessoas que dançavam. Dash Berlín entrou no palco com um setlist de Trance que permitiu também baixar um pouco os decibéis. O próximo é aquele que mais gerou críticas positivas, STEVE AOKI, sem dúvida com grande nível e evolução já que o recordamos de 2013 e que hoje está num nível divino misturando grandes êxitos também lembrando de bandas como Blink 182 que é algo luxuoso como lembrança e os bolos para o público, só o que ainda faltou foi o bote de sempre – não se esqueça da próxima vez, AOKI!!! Todos loucos e cansados, pode-se resumir, mas que faltava aquele que teria a hora de expremer nossas últimas energias, HARDWELL, com uma imponente presença sairía ao palco principal com um show de luzes, visões e energia de alto nível com uma grande interação com seu público e muita alegria com seus grandes clássicos de sempre além de seu lado FUNK que voltou a sobressair e terminaria no melhor estilo brasileiro com uma última música chamada “Nunca mais eu vou dormir” e foi assim, pelo menos para nós, que ninguém queria ir para casa e a festa continuaria em toda a cidade e com uma ressaca que duraria no mínimo muitos dias.
Obrigado Rio de Janeiro pela hospitalidade e cultura única, obrigado Ultra Brasil por não ter cancelado as datas e levar adiante o festival!!
Nos vemos em outra hora, pessoal, mais fotos e vídeos nas nossas plataformas: